quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Há ardor da dor


Dor, dor que dói, dor que causa ardor, que arde feito fogo num peito gelado, gelo que derrete inundando todo um ser de lagrimas prontas para afogá-lo. Dor da ausência, dor da duvida, dor do passado, torno-me atordoado.

Há dor pior que a dor do ardor da ausência? Ou pior é a dor do ardor da duvida?

Dor de um peito que enxerga o fim ou dor de um peito que não tem nem mesmo o fim?

Dor de ver o corpo ou de não ver nem o corpo? Vivo ou morto? Dor da duvida, eterna duvida que insiste em enfrentar a lógica, que me faz ouvir portões abrindo-se e vozes clamando a saudade em berros de água gelada, que me dá arrepios.

Pergunto-me, responda-me... Que dor seria menor... De um fim certo, assim, agora! Ou dessa ausência eterna, que se faz infinita em cada segundo?!