quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Assum Branco

Falo pois sei que me ouve, falo pois sei o que houve, falo pois sei que lerás, falo pelo bem do jamais. Sei que estarás sentada, com aquela atenção especial onde as pérolas negras brilham as tornando ainda mais valiosas, o mundo para, apenas lê, a luz do monitor se choca com o resto detalhadamente desenhado, o coração marca nas batidas o compasso do fundo musical, a cada compasso imagens passadas reaparecem relembrando nossos passos, passos marcados em terras puras, com passos de pássaros que voam, se perdendo no infinito do horizonte, se perdendo. Sei que entenderás, sei que não atenderás, ligo, pois sei o que houve, falo mas sei que não ouve, sentada, em pé ou em outra qualquer posição, sei que estarás acompanhada, indisponível no momento, desconectada, vigiada, lamentando ou não, vivendo? Talvez! Uma vida diferente, desses voous e passos já dados, novos horizontes que buscamos, que buscamos, que escolhemos, uma vida de escolhas, escolhas que fazem a vida, escolha de voar pra outro lado, seguir o rumo, entendo... Também voarei, entenderás.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

País (pais) de Crackes...


Realidades distintas que se chocam em lúdicos organizadores sociais, listras, luzes, condições e subcondiçoes vividas ou não... Barreiras invisíveis de um medo facial, vingança de um futuro plantado no passado, enraizado na alma de um país construído ao avesso, criado ao apego material, sacrificando nosso filho animal, filhos da fome, do preconceito, filhos do desprezo... Onde apenas respeitamos nossos craques, entregando toda massa ao crack, que consome em tragadas, filhos, irmãos, pais e todo um país. País que se ajoelha diante de um cristo de braços abertos, mas que não enxerga toda uma sociedade de braços cruzados, braços, pernas, cabeças, troncos que rolam pelos morros anunciando mais um gol do crack. Estádios que somam milhares numa só voz a gritar, estados que somam milhares que insistem em calar, gritos ouvidos, apenas da dor, de mais um filho perdido, dessa pátria ao avesso...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Compensação de Tambores


Mudanças que chegam e que me fazem tremer, mudanças que aceito sem muito pensar, duvidas reprodutivas que fazem meu coração acelerar. Olhos fixados no infinito, parados no tempo, mundo que passa, mundo que mudo, mudo que fico, mudo, mudo-me, mudam-me.
Vida sem caminho traçado, sem opções a serem apontadas para um final totalmente desconhecido, vida regada com um adubo misterioso capaz de tornar qualquer advinho incapaz.
Sigo, sigo-me, não sigo a ninguém, sigo Ninguém ou não, viajo.
Giro, giro, corro, grito, esbravejo, celebro, penso, despenso, reações, noto-me, noto-os, giro, tremo, tremo, paro, mudou, mudamos, obrigado, não mais obrigado.
Passo por ai, esqueço o que fiz ontem, para logo tremer e fazer o que não imaginaria fazer amanhã, caminhada de passos tortos, caminhos desconhecidos, que me remetem a surpresas, boas surpresas, surpresas que me chegam, me deixando por um segundo levitar, e logo me arremessar no chão para novamente tremer e celebrar mais uma nova surpresa.

domingo, 11 de outubro de 2009

Mais belo e poético que o palhaço, só o sorriso sincero de uma criança!


Crianças do meu Brasil, que nascem nas correrias de são paulo, na tranqüilidade de João pessoa, na beleza das margens do rio amazonas, Crianças do Meu Brasil que nascem em hospitais públicos, já passando por uma prova de fogo, que nascem nos barracos das favelas, que nascem em hospitais luxuosos, que nascem nas tribos indígenas no extremo brasileiro, que tua pureza volte a ser semeada por nós adultos sem graça, nós que somos modificados e cada vez mais transformados em maquinas de sujeira. Crianças, que este dia seja visto diferentemente da forma que nasceu, que esse dia maravilhoso seja celebrado a paz, a inocência, a sinceridade, a alegria de viver, que volte às maravilhosas brincadeiras infantis, que vocês possam correr pelas ruas soltando pipa, que joguem bolinha de gude, que brinquem de amarelinha, ou simplesmente que voltem a freqüentar as praças para deitar e observar a lua. Crianças do meu Brasil, futuro do Brasil, volte a amar seu amigo, não caia nesse jogo sujo onde cada um é um rival que disputa contigo alguma vaga em algum lugar. Esqueçam nós adultos, não liguem pras disputas de vestibular, de emprego, de concurso, de comida, de poder, nós já não sabemos o que estamos fazendo. Olha só, até preferimos dinheiro a ir à praia, brincar, ser amigo do outro, amar, sorrir, estamos até fazendo malvadezas com nossos amiguinhos pq preferimos o dinheiro a eles, então crianças, olhem pra nós adultos e vejam como não se deve fazer, então faça tudo ao contrario! Ame, brinque, pode sorrir a vontade, veja na diferença dos outros o caminho para um mundo completo, que tua pureza seja blindada!
Olhe para o palhaço e veja nele um exemplo, pois "o Palhaço é a expressão da alegria, o Palhaço é a expressão da vida no que ela tem de instigante, sensível, humana. Alegria que o Palhaço realiza a cada momento de sua ação, contribuindo para estancar, por um momento que seja a dor no planeta terra. O Palhaço é a única criatura no mundo que ri de sua própria derrota e ao agir assim estanca o curso da violência. OS PALHAÇOS AMPLIAM O RISO DA TERRA. Cultivemos o riso contra as armas que destroem a vida. O Riso que resiste ao ódio, à fome e as injustiças do mundo. Cultivemos o riso. Mas não o riso que descrimine o outro pela sua cor, religião, etnia, gostos e costumes. CULTIVEMOS O RISO PARA CELEBRAR AS NOSSAS DIFERENÇAS. Um riso que seja como a própria vida: Múltiplo, diverso, generoso." Criança és nossa esperança, és a esperança do mundo, da natureza, continues bela, continues assim, pois é o único lugar que todos se arrependem de ter saído, é do seu lugar, e lembrem-se não tem idade pra ser criança! Que seja eterno!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Que Doidera...


Caramba, dias e dias que passaram, poucos encontros, mas que ficaram, marcaram, amaram, adotaram vidas distintas, caminhos extremos, de uma simplicidade única. Olhos que fotografam imagens sonhadoras a velocidade da luz, algo que une o inseparável, algo que afasta o sonho. Dessas fotografias oculares, de poucas imagens é formado o meu álbum, de um presente é marcada a minha vida.
No meu lar, milhares de fotografias empilhadas, álbuns e mais álbuns que contam historias e estórias, fatos, episódios, livros, diários, documentos necessários para que não se perca no tempo todo um tempo que já se passou ou se faz presente, no seu caso tudo é diferente, não há álbum, não há fatos, episódios, livros ou diários arquivados, não é necessário. Apenas 10 % de uma cabeça animal e mais um coração rebuliçado é capaz de guardar o que foi, e é. Mas nem 100 % dessa cabeça seria capaz de desvendar os mistérios dessa vida, que nos une e que nos separa, de explicar o inexplicável, de justificar o injustificável, de prever o imprevisível, de colocar um ponto final onde se deve colocar reticências... E assim continuarei caminhando nessa vida sem explicação, porem com uma razão, pequena, diminutivamente gigante!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Por que? Porque!


As vezes me pergunto o por que? As vezes pessoas insistem em responder!
O que não sei se é verdade, nem ao menos penso em ser.
Respostas, conclusões, pensadas ou impensadas, opiniões imprensadas numa figura rara ou não, diversas visões.
Questiono-me, e os questiono, por que?!
Céus que descem, me oferecem suas oferendas, mar que sobe, me deixa flutuar, me levando as vezes até o fundo do mar, numa ilusão real que nem os mais belos sonhos seriam capazes de criar. Num segundo, um belo giro no mundo que me leva até os mais altos cumes da sensibilidade, que faz poros erguerem-se, globos virarem e declarações afinadas ficarem na ponta do sabor.
Idéias que surgem e que vão, idéias que permanecem anunciando a transformação, de algo imutável, admiração de algo simplesmente conseqüente, coletivo...
As vezes me pergunto por que? E prefiro não responder!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Passou.. foi... fui...


O poeta já dizia, "Vida louca vida, Vida breve, Já que eu não posso te levar, Quero que você me leve, Vida louca vida, Vida imensa"... Tudo passa em medidas distintas, em velocidades diferentes, em realidades opostas, num piscar de olhos, na eternidade de um minuto ou em um unico mundo de faces. Que vida é essa que a gente vive, ou muitas vezes não chegamos nem a viver, apenas passamos por ela, como se nada pudesse ou devesse acontecer, nos trancamos em algemas imaginarias concretizadas pelo ato de fechar a nossa imaginação. Que vida é essa? Essa vida que a grande maioria perde tempo tentando entende-la, onde deveriam sentir, fazendo de cada dia mais um dia espetacular. E nesse contexto de ser mais um estou tentando entende-la nem que seja por um minuto, mas preciso entende-la, mesmo sabendo que jamais alcançarei o meu objetivo, as vezes acho legal encontrar uma verdade internamente absoluta. É engraçado como tudo passa, como as coisas mudam e como valores são adicionados a certas pessoas, como sentimentos são abraçados, e como sentimentos são jogados fora, como entender esse jogo irreal, que nada é concreto porém que é capaz de nos modificar de forma que... já não somos mais os mesmos... em tempos de grandes desastres causados por terremotos e maremotos, é facil comparar tudo isso aos nossos sentimentos, abalos que do nada chegam e que modificam todo um pensamento, sua estrutura, sua crença, sua vida. Como tambem enteder um sentimento que se faz presente por anos, sem se quer sofrer um minimo abalo, como algo pode ser tão... e como se pode ver nos olhos de quem costuma sorrir o reflexo do mais belo inseto ser expulso de forma poética e libertária?! a esperança que segue seus voous em busca de novos campos verdes onde possa se alimentar e alimentar toda aquela vida, que ali se faz presente, onde não é julgada como uma praga e sim como um vida que brota camufladamente, que em crenças apaixonadas nem uma pedra deve-se atirar. Esperança que parte e que deixa seu ex lar, lar que foi bloqueado com cartas duras, pelo simples e interminável sentimento de se expressar, ex lar, és lar, não mais meu, não mais expressar, esquecer?! Vida louca vida, vida breve. Sei lá... Fui...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Nada é imutável, liberte-se liberte-o


Acordo de uma noite rápida, de um piscar, olho pro céu, céu que já esta claro, ouço pássaros que celebram com o canto o doce prazer da liberdade, do voar, também ouço pássaros que lamentam em canto o grande desgosto de sentir dos humanos mais desumanos o egoísmo. Armo-me para o dia, para mais um dia, mais um dia diferente de todos os outros, dias que em nada são iguais, dias que costumo transformar pelo simples prazer de mudar, adoro essa liberdade. Voou como os pássaros, e busco nos humanos humanos e humanos desumanos o aprender, humanos encaixotados, decepados, amordaçados e amarrados por essa realidade irreal, povos de gado, transportados e encorajados por mais um dia igual, sem mudança, fantoches que alimentam toda uma sociedade, todo um sistema. Encaixoto-me, mantendo-me livre e mostro minhas armas, a anarquia agora esta presente, com formas e conceitos diferentes, adoro essa liberdade de escolher oq fazer. Tento mostrar o tamanho da caixa e o nosso tamanho, tenho mostrar quem leva a caixa e quem faz a caixa, tento... faço... Também ouço e ouço muito, ouço o lamentar desses pássaros que nunca foram livres, que nasceram encaixotados e que por nunca terem sentido o doce prazer da liberdade, aceitam como se nada fosse imutável. Surpreendo-me, me surpreendo ao ver um pássaro debilitado por anos e anos de sofrimento abrir suas asas me oferecendo uma reflexão, penas calejadas, rosto sofrido, sorriso estampado, e na asa? Um punhado de moedas, que deveria ser as únicas ali presentes naquele bolso. Moedas negadas, abraço aceito, sorrisos contemplados pelo prazer de ver no mais simples ser, a maior demonstração de reconhecimento, por tentar fazer de um dia, não apenas mais um dia.
By: Walter Olivério
texto feito depois de um dia de palhaço dentro do trem

domingo, 20 de setembro de 2009

Nada muito pensado


Idéias desencontradas, atitudes modificadas, pensamentos descontrolados, olhares quebrados, um livro sem começo, meio nem fim. Livro que escrevo, e queimo as paginas sem muito pensar, livro que rabisco, em qualquer canto, qualquer lugar... Histórias e Estórias que metamophosicamente causam espanto e admiração. Contradições que envolvem o julgar por julgar, sem buscar no límpido e sincero espelho d'água o seu reflexo, honesto ou imundo. Poderia ser belo se não atirasse pedras em pequenas arvores que alimentam no eu seio dezenas de pessoas. E sigo escrevendo esse meu livro, que "poucos vão entender e menos ainda são aqueles que vão sentir, oq só nós sentimos", o outro que completa o nós, que em letras simples faz a capa dura do meu livro, consoantes são três, vogais, apenas uma, raro na escrita ainda mais raro na vida. Completamente contemplados pelo ato de sentir. Páginas que voam, que jamais são lamentadas, pq paginas em branco são muitas, basta-me escrever, basta-me rabiscar, basta-me melar, e fazer do meu livro, o livro que é meu, ou nosso.
By: Walter Olivério

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Terra nossa


Lugar não tão diferente, porém nada parecido. Lugar de um povo nacional, que vive de forma comunal. Povo que na cultura tem as mãos dadas, unidas, ligadas, abraçadas nas ondas sonoras do balanço do mar, passos lentos, terra macia, todo um ambiente acariciando seu povo amado, inteligente pela forma que escolheu de viver, respeitando o verde bom de ver, de respirar, se cheirar, de preservar. Povo sábio que escreve o pensar, o sentir, pendurando nos cordões, que cortam as feiras que nos alimentam com a força da terra. Povo que abraça o passado, caminhando com o futuro, povo gentil, que colhe todos os dias o fruto do seu presente mais que presente. Essa jampa que sei, que vivi, que entendi e que jamais esquecerei, daqui sempre serei.
By: Walter Olivério

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sombra que assombra a sombra


A sombra que assombra a sombra
A sombra do teu corpo que assombra
Assombra a sombra do teu corpo
Que assume traços que assombram
Que assumem ações que não faço
Da sombra que segue o meu passo
Que zomba do compasso do meu passo
Que cansa do passo que faço
Que limitam as ações dos meus passos
Compassos que reduzem os passos
Com passos que param compassos
Parando a sombra que assombra
Sobra a sombra
Assombra

by: Walter Olivério

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Desparticular


Céu aberto para face calejada

Pés imundos da sujeira impregnada

O medo do sono ralo, do fio da vida que o mantém amordaçado

Assustado pela lembrança do seu passado

Experiência milenar, de um mundo lar

Dentes trincados, olhos vendados, ouvidos tampados

Despresente de viver amargurado

Mundo ímpar, de uma vida par

Desparticular


By Walter Olivério
P/ Jonathan, Damião e milhares de crianças esquecidas por nós