quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Nada é imutável, liberte-se liberte-o


Acordo de uma noite rápida, de um piscar, olho pro céu, céu que já esta claro, ouço pássaros que celebram com o canto o doce prazer da liberdade, do voar, também ouço pássaros que lamentam em canto o grande desgosto de sentir dos humanos mais desumanos o egoísmo. Armo-me para o dia, para mais um dia, mais um dia diferente de todos os outros, dias que em nada são iguais, dias que costumo transformar pelo simples prazer de mudar, adoro essa liberdade. Voou como os pássaros, e busco nos humanos humanos e humanos desumanos o aprender, humanos encaixotados, decepados, amordaçados e amarrados por essa realidade irreal, povos de gado, transportados e encorajados por mais um dia igual, sem mudança, fantoches que alimentam toda uma sociedade, todo um sistema. Encaixoto-me, mantendo-me livre e mostro minhas armas, a anarquia agora esta presente, com formas e conceitos diferentes, adoro essa liberdade de escolher oq fazer. Tento mostrar o tamanho da caixa e o nosso tamanho, tenho mostrar quem leva a caixa e quem faz a caixa, tento... faço... Também ouço e ouço muito, ouço o lamentar desses pássaros que nunca foram livres, que nasceram encaixotados e que por nunca terem sentido o doce prazer da liberdade, aceitam como se nada fosse imutável. Surpreendo-me, me surpreendo ao ver um pássaro debilitado por anos e anos de sofrimento abrir suas asas me oferecendo uma reflexão, penas calejadas, rosto sofrido, sorriso estampado, e na asa? Um punhado de moedas, que deveria ser as únicas ali presentes naquele bolso. Moedas negadas, abraço aceito, sorrisos contemplados pelo prazer de ver no mais simples ser, a maior demonstração de reconhecimento, por tentar fazer de um dia, não apenas mais um dia.
By: Walter Olivério
texto feito depois de um dia de palhaço dentro do trem

domingo, 20 de setembro de 2009

Nada muito pensado


Idéias desencontradas, atitudes modificadas, pensamentos descontrolados, olhares quebrados, um livro sem começo, meio nem fim. Livro que escrevo, e queimo as paginas sem muito pensar, livro que rabisco, em qualquer canto, qualquer lugar... Histórias e Estórias que metamophosicamente causam espanto e admiração. Contradições que envolvem o julgar por julgar, sem buscar no límpido e sincero espelho d'água o seu reflexo, honesto ou imundo. Poderia ser belo se não atirasse pedras em pequenas arvores que alimentam no eu seio dezenas de pessoas. E sigo escrevendo esse meu livro, que "poucos vão entender e menos ainda são aqueles que vão sentir, oq só nós sentimos", o outro que completa o nós, que em letras simples faz a capa dura do meu livro, consoantes são três, vogais, apenas uma, raro na escrita ainda mais raro na vida. Completamente contemplados pelo ato de sentir. Páginas que voam, que jamais são lamentadas, pq paginas em branco são muitas, basta-me escrever, basta-me rabiscar, basta-me melar, e fazer do meu livro, o livro que é meu, ou nosso.
By: Walter Olivério

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Terra nossa


Lugar não tão diferente, porém nada parecido. Lugar de um povo nacional, que vive de forma comunal. Povo que na cultura tem as mãos dadas, unidas, ligadas, abraçadas nas ondas sonoras do balanço do mar, passos lentos, terra macia, todo um ambiente acariciando seu povo amado, inteligente pela forma que escolheu de viver, respeitando o verde bom de ver, de respirar, se cheirar, de preservar. Povo sábio que escreve o pensar, o sentir, pendurando nos cordões, que cortam as feiras que nos alimentam com a força da terra. Povo que abraça o passado, caminhando com o futuro, povo gentil, que colhe todos os dias o fruto do seu presente mais que presente. Essa jampa que sei, que vivi, que entendi e que jamais esquecerei, daqui sempre serei.
By: Walter Olivério

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sombra que assombra a sombra


A sombra que assombra a sombra
A sombra do teu corpo que assombra
Assombra a sombra do teu corpo
Que assume traços que assombram
Que assumem ações que não faço
Da sombra que segue o meu passo
Que zomba do compasso do meu passo
Que cansa do passo que faço
Que limitam as ações dos meus passos
Compassos que reduzem os passos
Com passos que param compassos
Parando a sombra que assombra
Sobra a sombra
Assombra

by: Walter Olivério

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Desparticular


Céu aberto para face calejada

Pés imundos da sujeira impregnada

O medo do sono ralo, do fio da vida que o mantém amordaçado

Assustado pela lembrança do seu passado

Experiência milenar, de um mundo lar

Dentes trincados, olhos vendados, ouvidos tampados

Despresente de viver amargurado

Mundo ímpar, de uma vida par

Desparticular


By Walter Olivério
P/ Jonathan, Damião e milhares de crianças esquecidas por nós