segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pronto para Calejar!


Senhores e senhoras, companheiros e companheiras, brasileiros e brasileiras, religiosos e não religiosos, alfabetizados e não alfabetizados, pacifistas e policiais, políticos e honestos, que perdoem a minha interpretação e que não malem a minha visão, eu vou tentar explicar o acontecido para eles merecerem tamanha punição. Todos nós vivemos num constante trauma, numa constante perturbação, onde sempre olhamos para os lados e vivemos com muita emoção, emoção de sobreviver, de correr, escapar, desconfiar, refugiar, gritar, se jogar, se jogar diariamente em um poço sem fundo, onde só encontramos os fundos de uma calça melada, melada pelo medo, de ser encontrado em qualquer viaduto ou beco, o beco da “justiça”, que em linhas verticais nos consomem de dor, de medo, de ira, uma ira que esbarra em uma senhora com os olhos vendados, em balanças desconfortavelmente pensas, por um momento o povo esteve no lugar mais alto, porem com menos peso, menos valor, estamos com marcas na testa que definem o nosso futuro, “pobre”, “preto”, “índio”, ”homossexual”, “analfabeto”, ou qualquer estrela na testa que sirva de ponte e nos aponte para baixo, que defina o nosso ser ou não ser. Diariamente me programo com a caixa manipuladora, e ela me aponta o responsável por toda violência, a minoria, O FINANCIADOR, mas penso... Se houvesse na farmácia eles não seriam os financiariadores, então somos nós os culpados pela forma quadrada do sistema?! Então quero agora sim, apontar com meu dedo indicador e com mais quatro apontados para mim, quem são os verdadeiros culpados por essa violência sem fim, somos nós FINANCIADORES, mas não “financiadores do tráfico”, financiadores da imunda política e policia brasileira, que caminham juntas, porém separadas, política e policia despreparada! Que impunemente nos espancam, nos cospem, nos julgam, nos torturam, sempre abraçados com a lei, “a lei do silencio, lei do mais fraco”, onde nem se quer podemos pensar, ou abrir a boca, que “desacatadamente” levamos tapas na cara, tapas na lógica, que venha, mas venha com força, pois se bateu, agora vai ter que agüentar, pois minha boca foi aberta e não vai mais calar, nenhum marginal fardado vai ser capaz de me impedir de se expressar, agora agüente, agüente e repita, pois minha face esta escancarada e preparada para apanhar até calejar, nunca fui covarde e não vai ser agora que vou virar, quem bate uma hora vai apanhar, e muito!

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